(2019) Quiet Riot – Hollywood Cowboys


Capa do Álbum

Que o tempo passa e é cruel todo mundo sabe, mas nem todas as bandas conseguem esquecer o passado que trouxe reconhecimento e dinheiro para seus integrantes. É aquela mesma velha história dos jogadores de futebol, ninguém quer ou sabe a hora de parar, mesmo fazendo abaixo do que já fez um dia.

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Principais Destaques: Don’t Call It Love, Heartbreak City, Roll On, Wild Horses

Talvez este seja o caso do 14º álbum de estúdio do Quiet Riot, “Hollywood Cowboys”. Sem nenhum membro original, apenas o baterista co-fundador Frankie Banali, que também produziu o álbum todo. A banda entrega 12 músicas em 45 minutos que parecem faltar um brilho em sua produção, proposital ou não, Banali deixa o álbum com uma cara mais crua remetendo ao longínquo passado onde a tecnologia não existia em abundância e bandas gravavam suas demo-tapes de estreia com baixo investimento. Não que soe mal, mas não faz juz a uma discografia de 13 álbuns anteriores. A essa altura já não era de se esperar que a banda fizesse outro Metal Health ou revelasse um novo Randy Rhoads, aqui o Quiet Riot (ou tributo ao Quiet Riot) não consegue se reinventar nem manter aceso o brilho de ter sido a primeira banda de Hard n’ Heavy no topo da Billboard e apesar de bons momentos durante o play como a radiofônica Wild Horses, os blues de Roll On, algo que remeta a cena sueca de Sleazy na faixa de abertura (com um que de Mötley Crüe) e o rock de arena Hellbender, contudo, nem a produção mais cara poderia salvar algumas músicas que soam repetitivas e abusam das fórmulas antigas, mesmo que bem executadas, acabam soando como lado-B de um lado-B dos anos 80, como In The Blood. A banda também tenta mostrar um de seus lados mais pesados com canções como Last Outcast, Change Or Die e o lado mais Heavy com The Devil That you Know. Alguns refrões marcantes e melódicos como na última faixa Arrows and Angels e em Hellbender também marcam ótimas passagens do álbum e mesmo não olhando com o olhar crítico esperando aquela trinca de sucessos dos anos 80 (Condition Critical, Metal Health e QRIII), é sempre esperado algo de maior impacto de um grande nome do rock como o Quiet Riot, talvez fosse um álbum de estreia fora de série de alguma banda novata, mas aqui, falta alguma coisa, mesmo que passe despercebida.
Em resumo vale destacar a vontade que Frankie Banali teve em manter a banda acesa e trabalhando, mesmo após tanto tempo e algumas tragédias (como a morte do ex-vocalista Kevin Dubrow – Banali só contiuou com a banda após a permissão dada pela família de Dubrow), porém ao abusar de fórmulas antigas e manter uma produção mais saudosista que prudente que pode agradar alguns dos fãs que continuaram acompanhando a banda, nada é feito para se reinventar e conseguir se manter na cena atual, o que hoje em dia é mais do que necessário. Mesmo com alguns destaques é um álbum que deve ser esquecido no meio de tantos outros apenas por ser uma tentativa de mais do mesmo e infelizmente deve encerrar o capítulo do Quiet Riot de vez, já que o vocalista James Durbin anunciou que iria deixar seus companheiros para se dedicar a carreira solo mas já havia sido substituído por Jizzy Pearl, e também porque Frankie Banali veio a falecer em 2020 após uma batalha contra um câncer de pâncreas e como único membro original deve ter sido o adeus de vez da banda.

01. Don’t Call It Love
02. In The Blood
03. Heartbreak City
04. The Devil That You Know
05. Change Or Die
06. Roll On
07. Insanity
08. Hellbender
09. Wild Horses
10. Holding On
11. Last Outcast
12. Arrows And Angels

Nota do Álbum: 6/10

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(In Memorian) Frankie Banali

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