Arquivo de setembro \26\-02:00 2012

E você nem pensava que tinha metal aqui… #1

Você que está leu o título do post e não entendeu nada, vou explicar direito:

Depois de tirar um dia para ouvir só bandas desconhecidas e bizarras de lugares desconhecidos e bizarros, parei pra pensar e me veio na cabeça de um jeito totalmente aleatório “porque não compartilhar com os amiguinhos sobre essas bandas? merecem reconhecimento também!”. E nesse espírito bom samaritano, gostaria de apresentar para alguns, espantar outros e fazer uma outra gama de pessoas com um ego de Axl Rose falar “ahhh…esse eu já manjava…não tem nada de novo ai ¬¬”.

Para quem ainda não manjou nada, sem nenhuma outra enrolação, a ideia é falar de uma banda desconhecida (para muitos) de um país que não seja convencional (ex: Inglaterra, Alemanha, Brasil, etc.), e apresentar, falar um pouco dela, da história e mimimis à fora.

Resolvi colocar essa banda, pois foi ouvindo um álbum seu que me veio a ideia desta seção. Tá! Já se foram dois parágrafos e não disse ainda sobre o escolhido para essa série de posts então vamos lá:

Dos confins de uma terra de milenar, de muita paz e muito amor, e não estamos falando da Índia, muito menos da China, estamos falando da terra dos Abravanels, dos Hulks, Steins, entre outros por ai. Pra quem já manjou ou não, o lugar escolhido é Israel. E nada melhor do que falar sobre a dita como primeira banda de heavy metal do país mesmo Israel não sendo um país, mas nem ligo, o Death Metal “exótico” do:

Contando rapidamente a história desses caras, como já dito, o Salem foi formado em Israel em 1985, três anos depois da Guerra do Líbano (1982) e ironicamente (ou não), trouxe o conceito de black/death/thrash com temáticas de guerras assuntos políticos sobre os judeus de Israel. Lançaram 2 demos, Salem (1986), Destruction Till Death (1987) e curiosamente, fez com que a banda tivesse um vínculo com o então fundador do Mayhem, Euronymous que fez a banda se mudar pra Noruega. Falar de Mayhem e Euronymous, não tem como não colocar o Varg Vikernes (tio Burzum) da história. Varg não curtiu muito a ideologia da banda (banda judaica, Varg “nazista” (não com essas palavras) – sabe cumé..) e como forma de carinho e afeto, enviou para o vocalista do Salem, Ze’ev Tananboim uma carta bomba.

Com 5 anos de banda, eles gravaram em 1990 sua última demo, Millions Slaughtered. Essa ai como demo vendeu mais de 1.500 cópias e garantiu o primeiro contrato com a gravadora alemã Morbid Records.

Histórias a parte, a banda gravou seu primeiro álbum em 1992, o Creating Our Sins, em 1994, saiu o EP Dying Embers e o grande álbum Kaddish, em 1998 veio A Moment of Silence, em 2002, Collective Demise, em 2005, Strings Attached, 2007, o álbum que eu coloco como grande destaque da banda, particularmente falando, o Necessary Evil, em 2010 com Playing God e por fim, em 2011, Kaddish Reissue, que é uma remasterização do álbum de 1994.

Chega de falar e bora ouvir uns sons dos caras. Para começar, mandar uma das melhores músicas do Necessary Evil, em minha opinião. Essa se chama Blood:

Tem uma pegada mais moderna que os sons antigos da banda, mas é muito competente e difícil de imaginar que é de Israel e de judeus uma banda pioneira em metal extremo, tão difundido pelo norte da Europa e pelo mundo todo também.

Pra fechar, um som mais das antigas da banda. Essa se chama Ha’ayara Bo’eret (melhor jogar no Google Tradutor pra ver como pronuncia 😉 )

Essa música é do clássico Kaddish de 1994 e trás bem o conceito da banda no começo, com um som mais “frio” e bem diferente comparado a música apresentada acima. O clipe retrata bem o holocausto e momentos de sofrimento do povo judeu.

Espero que gostem do som e procure mais da banda e pra quem já conhecia, foi bom relembrar.

Sugestão de bandas de países “incomuns” são sempre bem vindas!

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(Livro) Nos bastidores do Pink Floyd

Caras, é a primeira vez em que  nós fazemos uma resenha de uma coisa que nãos seja show ou álbuns, então desde já, peço desculpa aos envolvidos.

Particularmente falando, nunca fui fã da banda como muitos que conheço, inclusive no próprio Roque Veloz. A impressão que eu tive antes de ler, é que ia dormir nas primeiras duas páginas, mas realmente não foi assim e ainda mudou muito meu conceito sobre a banda e me fez procurar o material deles que assim como o livro ou até mais, conta em cada nota a história e os momentos da banda.

Eu já li algumas biografias de bandas, mas o jeito que Mark Blake aborda a história do Floyd, foi a primeira vez em que li com tantos detalhes uma biografia que vejo como um ponto inovador e quem sabe, o motivo que me cativou mais pela banda. Se você gosta de biografias, você vai encontrar em “Nos bastidores do Pink Floyd” um dos melhores livros da categoria e um dos melhores livros sobre rock’n roll e com toda a certeza, irá para o topo de sua coleção.

Em resumo, o livro inicialmente trata os os membros como playboyzinhos criados afastados dos pais, intelectuais de Cambridge e que vivem uma Inglaterra que passa por movimentos de vanguarda e inovadora como o lendário Syd Barrett, que é abordado como uma pessoa diferenciada e idealista em relação a sua geração e o livro trata muito sua realidade com problema com drogas, amores perdidos e sua entrada e saída “por acaso” do Floyd. Depois, é apresentado o processo de amadurecimento, gravação, brigas internas e encontros inesperados num “passado próximo”.

Não vou dar mais detalhes, pois cabe ao leitor seja fã ou não de ir lá e fazer sua própria resenha. Tirando o lado profissional e levando o lado pessoal pesando agora, como já disse, nunca fui fã de Pink Floyd e sempre associava a um som chato, psicodélico e sonolento. Enquanto fui me alimentando pelos capítulos do livro, cada vez mais minha curiosidade pela banda fui aumentando e minha mente foi se abrindo aos poucos.

Me arrisco dizer que esta biografia não foi um presente aos fãs, mas foi um presente para os grandes e pequenos apreciadores de música boa e principalmente para os bons apreciadores do bom e velho rock’n roll.

E quanto a valores, por acaso achei em grandes lojas de São Paulo que normalmente vendem livros por um preço absurdamente alto, o livro está numa média confortável então os futuros compradores não irão se assustar antes de comprar e não precisarão mesmo comer com os olhos (e nem baixar pdf né pessoal?! ¬¬).

Uma nota final para esta resenha, novamente gostaria de pedir desculpas se não fui muito claro, mas é a primeira resenha de livro do blog então espero que daqui pra frente, possamos melhorar bastante. Gostaria também de agradecer a Eliane da Editora Évora que forneceu o livro para nós resenharmos e aproveito para pedir desculpas sinceras pela demora em postá-lo. 😉

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